terça-feira, 14 de setembro de 2010

MOSTRE QUE SE PREOCUPA. SOBRETDUDO COM AQUELES QUE CHEGAM

MOSTRE QUE SE PREOCUPA. SOBRETUDO COM AQUELES QUE CHEGAM


Não encontre um defeito. Encontre uma solução (Henry Ford)

Comecei por pensar em compilar 30 sugestões. Uma nova por cada dia que passava a juntar às que vinham de trás. Ultrapassei. Mas não faz mal.

Hoje em dia nos relacionamentos profissionais (e mesmo pessoais), sobretudo com aqueles que são novos na Organização (ou são novos mesmo), para acelerar aculturação nas Organizações devem ser tomados alguns comportamentos de forma mais vincada. No entanto, estas dicas devem sempre estar presentes e praticadas. São um dos ingredientes que fazem a vida das Organizações ser mais saudável.

Todos os dias, a todas as horas, em distintos lugares, podemos colocar em prática "o mostrar que nos preocupamos".

Passo em seguida por apresentar algumas dicas que podem ser tomadas diária e simultaneamente. Começo pelo “Zero” porque, apesar de ser algo que todos temos, o nosso NOME, muitas vezes ele não é usado. Não nos chama por ele.

Estas dificuldades são ainda mais visíveis quando chega alguém novo. O bom das dicas que vou passar a apresentar é que podem ser todas usadas quase simultaneamente. Começo pelo Zero porque, apesar de ser algo que todos temos, muitas vezes não nos conseguem chamar pelo NOME. O nosso NOME.
Tenho a sorte de ser treinador de uma equipe de rugby. Todos os atletas têm menos de 10 anos. Incuto neles e com sucesso algumas regras / comportamentos, tais como:
• Saberem o nome de todos;
• Quem chega de novo, apresenta-se. Fala de si;
• São as crianças que explicam os exercícios uns aos outros ;
• Transmito-lhes que este desporto é um jogo colectivo. E só assim faz sentido.

No meu caso eu dou por vários nomes, alcunhas, diminutivos, etc. Uma vantagem desta situação é que, não me lembrando eu das caras, pelo nome que me chamam posso sempre tentar associar a qual dos grupos. Esclareço que sou sempre o mesmo e não um Dr. Jekyll and Mr. Hyde.
0.Trate as pessoas pelo NOME;
1. Olhe para elas quando fala;
2. Oiça-as;
3. Forme-as. Informe-as;
4. Seja simpático;
5. Seja honesto;
6. Responda às suas perguntas;
7. Pergunte-lhes a sua opinião;
8. Use mais os ouvidos que a boca;
9. Sorria-lhes;
10. Pergunte-lhes a sua opinião;
11. Acredite no que dizem;
12. Elogie-as;
13. Fale-lhes de si:
14. Pergunte-lhes sobre eles;
15. Dê-lhes apoio para novos projectos; defenda-os nos mesmos; envolva-se neles;
16. Peça-lhes ajuda;
17. Ofereça-lhes ajuda;
18. Mantenha as promessas feitas;
19. Agradeça-lhes;
20. Espere que dêem o melhor. Não espere que sejam perfeitos;
21. Arranje tempo para estar com eles:
22. Ajude-as a aprenderem;
23. Tenha actividades fora da esfera em que se encontram habitualmente. Falo de desporto, jantares, conferências, formações no exterior;
24. Admita perante os outros quando erra;
25. Ajude-as com os erros cometidos;
26. Ria com as piadas dos outros;
27. Inclua-as nas suas conversas;
28. Torne o ambiente informal quando isso se justifica e propícia;
29. Sugira como se devem comportar em determinadas situações (formal ou informalmente);
30. Convide-as para um café, uma cerveja um almoço;
31. Saiba as datas mais importantes dos seus colaboradores;
32. Decida colectivamente (quando isso é possível);
33. Encoraje-as a ajudar os outros;
34. Estimule a tomada de decisão;
35. Dê-lhes pequenos presentes;
36. Dê-lhes opções;
37. Seja sensível aos estados emocionais de cada um;
38. Dê-lhes condições de trabalho para crescerem;
39. …e a lista continua com as suas dicas.

Como se pode ver, todas estas dicas podem ser aplicadas simultânea e diariamente e não envolvem custos, pelo menos significativos.

Existe em muitas Organizações um uso excessivo do EU em detrimento do NÓS. Empresas
focadas no EU em regra têm uma curta vida ou uma rotação excessiva de colaboradores. Este é um problema do tecido empresarial português, sobretudo, quando as mudanças hoje em dia acontecem de forma meteórica e aparecem de todos os lados.

Lembro-me de uma formação de LOTUS 123 que dei num passado longínquo. Alguns dos formandos não estavam nada interessados em o aprender. Diziam que estavam velhos, diziam isto e aquilo até ao manifesto puro desinteresse. No entanto, um dos alunos mais velhos inventava exercícios em cadernos quadriculados e dava-me para serem corridos. Contraponho este entusiasmo ao facto de algumas empresas não proporcionarem aos colaboradores os softwares e hardwares necessários para trabalharem, nomeadamente, Office sem PowerPoint porque assim poupam uns euros. Esquecem-se que muitos briefings chegam neste formato.

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques