quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA DE UMA "ÁGUILINHA" OU A DE ALGUNS HOMENS.

A HISTÓRIA DE UMA "ÁGUILINHA" OU A DE ALGUNS HOMENS.

"Se te sientes morir, parte; si sufres. huye. No hay más ley que el movimiento"; Amélie Nothomb

Não posso deixar de replicar copiar esta história que ouvi. Ela representa o comodismo, a falta de ambição e de esperança.  Reflecte um pouco a história de alguns que conhecemos. Faz-me lembrar o refrão de letra da Gabriela (juntem uns lá lá lás)
    Eu nasci aqui,
    eu vivi aqui,
    eu morri aqui.

Segue a história:

"Ao caminhar pela floresta um lavrador encontrou um ovo de águia. Recolheu-o e, ao chegar à sua quinta, colocou-a no ninho das galinhas. E assim ele foi incubado e a águia nasceu e foi criada com os outros pintos e galinhas.

Porque nasceu com pintos à sua volta, julgava-se um deles, identificava-se como um deles. Comia debicando, procurava insectos e ervilhas, pura comida de galinha. Cacarejava, sacudia as asas e voava apenas uns metros. Era tal e qual uma galinha, mas de aspecto diferente.
Os anos passavam e a águia tornou-se um pássaro forte. Um dia vislumbrou no céu um pássaro voando de forma majestosa. Talvez uma águia. Olhava-a. Contemplava-a. Admirava-a.
Perguntou a um dos seus amigos pintos que pássaro era aquele. Teve como resposta: é uma águia, o rei de todos os pássaros. Ela é tudo o que nós não somos. Nós nascemos para manter a cabeça baixa e olhar apenas o chão. Já ela não.

Com esta resposta a nossa águia passou a nunca mais contemplar o céu. Morreu pensando que era uma galinha de galinheiro."

Esta história mostra que muitas vezes a falta de horizontes está em nós mesmos, que somos nós que a criamos, e é-nos incutida (simultaneamente) por quem nos rodeia.

Estes horizontes conquistam-se com educação, formação e, sobretudo, com o passar de atitudes positivas. O eventual medo que a águia teria poderia ser resultante de um medo cultural e social previamente adquirido. E este medo é fruto de uma educação que nos prepara apenas para viver no previsional e que nos amarra (muitas vezes) em falsas seguranças. Sobretudo nos tempos que correm em que a certeza de Hoje não é a certeza de Amanhã.

Este comportamento galináceo lembra-me também certos tipos de chefias que nada delegam, nada ensinam, nada ajudam, nada fazem...vivem de braço dado com as suas chefias e o único predicado que "têm" é saber gerir a informação que vão tendo para além de olharem para o seu umbigo e se auto questionarem...há umbigo mais belo que o meu?

Walt Disney (esse mesmo) dizia que para se conseguir qualquer coisa que fosse eram necessárias três atitudes:
- a do sonhador » que pensa que tudo é possível;
- a do realista » que trabalha para tornar realidade os sonhos;
- a do crítico » que supera os problemas e as barreiras no seu trajecto.




João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Valorizar os (novos) Clientes (ou não)?

VALORIZAR (ou não) OS NOVOS CLIENTES (e os antigos) "Nunca penso no futuro. Ele chega bastante cedo" Einstein. Valorizar seja o que for é sempre uma questão difícil. Para além da subjectividade, há uma carga emocional. No plano pessoal temos, como exemplo, aquelas calças velhas ou T-shirt. O facto de nos relacionarmos emocionalmente com aquela peça de vestuário afecta a nossa capacidade de decisão. Queremos ficar com elas, mesmo que não as usemos mais. No plano empresarial o mesmo se passa. Algumas empresas insistem em não descontinuar um produto por razões de afectividade. Muitas vezes foi o seu primeiro produto ou foi o que deu notoriedade e dinheiro à Empresa. Um modo também de facilitar a decisão sobre o esforço de "aquisição" de novos Clientes seria levar em linha de conta a análise via “SUNK COST”. No plano pessoal passa-se o mesmo. Tendemos a manter ou evitar determinadas relações pessoais. Claro que nestes casos o processo de decisão é substancialmente diferente entre si. O que prova, por si só, que existem vários modos de olhar o mesmo problema. Na minha actividade profissional sempre fui tendo surpresas. Algumas vezes, do nada, aparecem Clientes interessantes. Outras vezes, Clientes com um potencial enorme, são um autêntico flop. Acho que se passa o mesmo em muitos sectores de actividade. Boas surpresas a conviver com reacções e decepções inexplicáveis . É o mundo dos NEGÓCIOS. É o mundo da VIDA. Na minha experiência profissional em Vendas gosto de pensar (e tem acontecido) que só conseguimos efectuar um bom negócio ao fim da terceira /quarta adjudicação. Como regra que é, admite todas as excepções. Nos dias que correm, todos corremos atrás de todos os Clientes. É, em regra, uma boa política. Noto, todavia, que determinadas Empresas querem apanhar tudo e envolverem-se em tudo. Por exemplo, num sector onde as margens já estão de tal maneira esmagadas, como é o sector gráfico, aceitam (e procuram) pedidos de orçamentos que, por sua vez, vão pedir a terceiros. Ora, o valor a transmitir ao Cliente Final já vai ser inflacionado pelo fato de haver um ou mais intermediários. O que se ganha desta estratégia: pura perda de tempo e de energia. Para evitarmos tiros no escuro, o que implica um esforço e dispêndio de recursos, com um retorno improvável, podemos criar 3 critérios (simultâneos) de identificação: - o poder de decisão passa por eles? - têm budget? - têm necessidade? O não cumprimento de um destes quesitos torna o Cliente desinteressante, pelo menos, no momento. Claro que nestes casos convém usar diplomacia na relação comercial. Um Não Cliente no momento não é necessariamente um não Cliente no futuro. E este futuro pode ser quase imediato. 
Como podemos identificar bons Clientes potenciais 1 - Definir o nosso target. Após essa identificação pode-se definir: - áreas geográficas; - sectores; - tamanho das empresas; -etc. Assim concentraremos todas as nossas energias num foco bem definido. 2 - Junto destes Clientes tente ter respostas para: - Quando prevêem que o investimento possa ser realizado?; - Têm budget?; - Quem decide?; Quantas pessoas decidem? O nosso interlocutor está envolvido no processo de decisão? - O nosso produto corresponde a alguma necessidade do Cliente?; - Que passos futuros serão dados?. 3 - Se perceber que o NÃO à sua venda tem uma forte possibilidade de ocorrer, talvez seja uma boa ideia mudar de Cliente progressivamente. 4- Nunca deixe de avaliar a situação financeira dos Clientes. Uma recolha de informação bancária ou junto de empresas, mesmo do seu sector, com quem tenha confiança e trabalhe com eles, pode ser uma boa fonte de informação. Empresas que estão a despedir funcionários, a fazerem uma fusão com outra empresa ou a mudar de rumo estratégico, podem não ser bons Clientes. 5 -Desenvolva o seu próprio rating. Este mecanismo ajuda-o a hierarquizar os seus Clientes. Deixei-vos alguns critérios que vos podem ajudar a decidir sobre o esforço que devem dedicar à procura de novos Clientes. Na minha experiência profissional tenho-me deparado com alguns profissionais, de todas as áreas, que pouco ou nada respeitam os seus interlocutores. Eu gosto de me guiar pela boa fé e pelo risco de apresentar soluções a terceiros. Apesar se alguns dissabores, continuo com a mesma filosofia. João Paulo Marques O tempo não pára, não pare você também. http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

domingo, 21 de novembro de 2010

João Paulo Marques / Joni / Joni Carioca / João da Vespa ..e há mais alguns: GLOSSÁRIO DE MERCHANDISING, AFINS e DESAFINS

João Paulo Marques / Joni / Joni Carioca / João da Vespa ..e há mais alguns: GLOSSÁRIO DE MERCHANDISING, AFINS e DESAFINS

GLOSSÁRIO DE MERCHANDISING, AFINS e DESAFINS

GLOSSÁRIO DE MERCHANDISING, AFINS e DESAFINS

"Todos vêem o que pareces, poucos sentem o que tu és?"
Maquiavel

Noto na minha vida profissional alguma falta de informação (ou confusão) sobre alguns conceitos. Pretendo, com este glossário, esclarecer alguns conceitos. Espero que venha a ser útil ao vosso trabalho.


Arte Final Arte final é o documento criado no programa mais adequado para o efeito. Trata-se de um ficheiro preparado com o máximo rigor e pormenor. Após finalizado é enviado para a gráfica respectiva. É na arte final que são feitas todas as correcções relativamente às dobras ou acabamentos mais complicados.

Award Prémio auferido.

Back Light
Peça promocional retro iluminada. Pode conter imagens e/ou mensagens.

Banded Pack
Brinde que é oferecido instantaneamente (de de forma gratuita) a quem compra. Pode ser na forma de 2 x 1 ou de um novo produto que possa estar a ser lançado (ou escoado) no mercado.

Banner (físico)Peça promocional em papel, plástico, etc., com impressão de um ou de ambos os lados. O formato pode ser variável. A mensagem que apresenta é suficientemente esclarecedora. Pode ser produzida uma fileira de banners.

Bellow -the-LineTodas as actividades de promoção de vendas são consideradas bellow-the-line. . São os veículos / acções promocionais que não se caracterizam pelo pagamento de comissões.

Banner (internet)É uma forma publicitária muito comum na internet. É usado em publicidade / informação para a divulgação de sites na Internet. Estes pagam pela sua inclusão.

Blimp Balão, em regra de grandes dimensões, reproduzindo produtos, imagens ou mensagens.

Blister
Embalagem de plástico contendo no seu interior produtos. A sua base pode ser em cartão/cartolina. Em regra usada para produtos pequenos.

Bonus Pack / Embalagem com bónusTrata-se de um bónus que o consumidor recebe ao adquirir o produto. Em regra sobre a forma de quantidade adicional.



João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tou a stressar

Hoje, a toda a hora, e por tudo e por nada, se ouve.."tou a stressar".Chamam stressar à falta de tempo, à desorganização, muitas vezes individual, a alguma atrapalhação, etc.Parece que não sabem que um bom stress ajuda a atingir patamares bons de performance. Entre outras coisas.Um niquinho de stress torna a vida mais entusiasmante......

Será que o "estou a stressar" quer dizer que:
- Não posso;
- Não consigo;
- Não tou para isso;
- Não me chateies;
etc...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

MOSTRE QUE SE PREOCUPA. SOBRETDUDO COM AQUELES QUE CHEGAM

MOSTRE QUE SE PREOCUPA. SOBRETUDO COM AQUELES QUE CHEGAM


Não encontre um defeito. Encontre uma solução (Henry Ford)

Comecei por pensar em compilar 30 sugestões. Uma nova por cada dia que passava a juntar às que vinham de trás. Ultrapassei. Mas não faz mal.

Hoje em dia nos relacionamentos profissionais (e mesmo pessoais), sobretudo com aqueles que são novos na Organização (ou são novos mesmo), para acelerar aculturação nas Organizações devem ser tomados alguns comportamentos de forma mais vincada. No entanto, estas dicas devem sempre estar presentes e praticadas. São um dos ingredientes que fazem a vida das Organizações ser mais saudável.

Todos os dias, a todas as horas, em distintos lugares, podemos colocar em prática "o mostrar que nos preocupamos".

Passo em seguida por apresentar algumas dicas que podem ser tomadas diária e simultaneamente. Começo pelo “Zero” porque, apesar de ser algo que todos temos, o nosso NOME, muitas vezes ele não é usado. Não nos chama por ele.

Estas dificuldades são ainda mais visíveis quando chega alguém novo. O bom das dicas que vou passar a apresentar é que podem ser todas usadas quase simultaneamente. Começo pelo Zero porque, apesar de ser algo que todos temos, muitas vezes não nos conseguem chamar pelo NOME. O nosso NOME.
Tenho a sorte de ser treinador de uma equipe de rugby. Todos os atletas têm menos de 10 anos. Incuto neles e com sucesso algumas regras / comportamentos, tais como:
• Saberem o nome de todos;
• Quem chega de novo, apresenta-se. Fala de si;
• São as crianças que explicam os exercícios uns aos outros ;
• Transmito-lhes que este desporto é um jogo colectivo. E só assim faz sentido.

No meu caso eu dou por vários nomes, alcunhas, diminutivos, etc. Uma vantagem desta situação é que, não me lembrando eu das caras, pelo nome que me chamam posso sempre tentar associar a qual dos grupos. Esclareço que sou sempre o mesmo e não um Dr. Jekyll and Mr. Hyde.
0.Trate as pessoas pelo NOME;
1. Olhe para elas quando fala;
2. Oiça-as;
3. Forme-as. Informe-as;
4. Seja simpático;
5. Seja honesto;
6. Responda às suas perguntas;
7. Pergunte-lhes a sua opinião;
8. Use mais os ouvidos que a boca;
9. Sorria-lhes;
10. Pergunte-lhes a sua opinião;
11. Acredite no que dizem;
12. Elogie-as;
13. Fale-lhes de si:
14. Pergunte-lhes sobre eles;
15. Dê-lhes apoio para novos projectos; defenda-os nos mesmos; envolva-se neles;
16. Peça-lhes ajuda;
17. Ofereça-lhes ajuda;
18. Mantenha as promessas feitas;
19. Agradeça-lhes;
20. Espere que dêem o melhor. Não espere que sejam perfeitos;
21. Arranje tempo para estar com eles:
22. Ajude-as a aprenderem;
23. Tenha actividades fora da esfera em que se encontram habitualmente. Falo de desporto, jantares, conferências, formações no exterior;
24. Admita perante os outros quando erra;
25. Ajude-as com os erros cometidos;
26. Ria com as piadas dos outros;
27. Inclua-as nas suas conversas;
28. Torne o ambiente informal quando isso se justifica e propícia;
29. Sugira como se devem comportar em determinadas situações (formal ou informalmente);
30. Convide-as para um café, uma cerveja um almoço;
31. Saiba as datas mais importantes dos seus colaboradores;
32. Decida colectivamente (quando isso é possível);
33. Encoraje-as a ajudar os outros;
34. Estimule a tomada de decisão;
35. Dê-lhes pequenos presentes;
36. Dê-lhes opções;
37. Seja sensível aos estados emocionais de cada um;
38. Dê-lhes condições de trabalho para crescerem;
39. …e a lista continua com as suas dicas.

Como se pode ver, todas estas dicas podem ser aplicadas simultânea e diariamente e não envolvem custos, pelo menos significativos.

Existe em muitas Organizações um uso excessivo do EU em detrimento do NÓS. Empresas
focadas no EU em regra têm uma curta vida ou uma rotação excessiva de colaboradores. Este é um problema do tecido empresarial português, sobretudo, quando as mudanças hoje em dia acontecem de forma meteórica e aparecem de todos os lados.

Lembro-me de uma formação de LOTUS 123 que dei num passado longínquo. Alguns dos formandos não estavam nada interessados em o aprender. Diziam que estavam velhos, diziam isto e aquilo até ao manifesto puro desinteresse. No entanto, um dos alunos mais velhos inventava exercícios em cadernos quadriculados e dava-me para serem corridos. Contraponho este entusiasmo ao facto de algumas empresas não proporcionarem aos colaboradores os softwares e hardwares necessários para trabalharem, nomeadamente, Office sem PowerPoint porque assim poupam uns euros. Esquecem-se que muitos briefings chegam neste formato.

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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sábado, 11 de setembro de 2010

BEST PRICE da STAPLES / Truques de linguagem

Esta nova promoção da Staples deixa-me meio confuso.
Eles oferecem um "Best Price". E o que é um BP? Parece ser algo que eles negociaram, finalmente, com os seus fornecedores e oferecem aos Clientes o melhor preço de sempre. INEGOCIÁVEL
Formidável. Será que vai ser sempre assim?
Não me parece.
Porque não foi sempre assim? Não sabemos
Será que os compradores na Staples andaram sempre a dormir? Parece que sim.